quinta-feira, 26 de maio de 2011

Filme roqueiro

Tá rolando pelo tumblr fotos raras do set de "The Creature From the Black Lagoon" (1954), e como amo esse filme, não podia deixar de postar essas fotos aqui. Pra quem é apaixonado pela cultura trash, filmes de terror b e anos 50, não pode deixar de assistir. Uma breve sinopse do filme pelo adorocinema:

"Na Amazônia Brasileira Carl Maia, um pesquisador, fotografa o que parece ser a nadadeira de um anfíbio que talvez estivesse extinto. Carl viaja para mostrar sua descoberta e obter apoio financeiro. Ao retornar com outros pesquisadores, vê horrorizado que foram mortos dois funcionários deles, que ficaram no acampamento. Achando que podem ter mais sorte em outro local, eles rumam para a Lagoa Negra. Lá acham uma misteriosa criatura anfíbia, que pode ser o elo perdido entre duas espécies (uma aquática, outra terrestre). A criatura se mostra muito hostil, atacando sempre que possível os membros da expedição. "












O trailer do filme



E da sessão EU QUERO MUITO:





liiindos :~

Pra finalizar uma música fodíssima do The Monsters que leva o título do filme como nome



Boa noite povo!

Skinheads


Hoje vamos falar de uma subcultura cujos elementos vêm invadindo constantemente (mesmo sem que as pessoas saibam) a moda, os skinheads. Faz tempo que tenho vontade de escrever sobre o assunto, apesar de não gostar tanto e nem ter um conhecimento aprofundado, pois acho importante as pessoas leiam a respeito disso ( ainda mais as de Belém, que tem pouco contato com a subcultura) já que é comum escutar muita besteira sem nenhuma razão. Antes de mais nada, esqueça o neonazismo, vamos falar de música, essencialmente de ska, rocksteady, early Reggae, calypso, dub e soul.

Pra contar a história, nada melhor do que escutar quem manja muito contando, nesse caso é a galera do You & Me on a Jamboree, que mantêm o blog com um acervo gigantesco de música jamaicana e também organizam festas do estilo, a Jurassic Sound System.

"Essa história começa na segunda metade dos anos 60, simultaneamente em duas ilhas: Jamaica e Reino Unido. Em Kingston o mercado fonográfico estava á toda e a cada dia surgiam novos artistas tocando o ritmo local que acabava de surgir na ilha, o ska. A cultura mod estava estourada na terra da rainha e os moleques ligados a essa cultura começaram a ouvir também, além dos ritmos negros norte-americanos, o ska, trazido pelas mãos dos imigrantes jamaicanos que vivam em terras inglesas.
Seguramente pode-se afirmar que se não fossem os mods o ska não alcançaria o sucesso que alcançou nas paradas inglesas e ao mesmo tempo pode-se dizer também que a cultura mod foi muito influenciada pelo ritmo jamaicanos (inclusive no visual, adaptando o pork pie dos rudies a vestimenta mod). Como já foi citado acima, sem os mods o ska não seria o que foi, e o mesmo se aplica ao reggae e aos skinheads. Com o passar do tempo a cultura mod foi se dividindo em dois... Hard mods e psicodélicos. Os mods mais psicodélicos, cabeludos, estudantes de moda que estavam começando a ouvir sons diferentes das origens da cultura mod. E os hard mods que iam ao estádio de futebol fazer arruaça, mais rueiros e briguentos, que a cada dia mais estavam envolvidos com a música jamaicana e que mais tarde ganhariam o apelido de skinheads por cortarem seus cabelos cada vez mais curtos em resposta aos mods psicodélicos e aos hippies que surgiam com seus discursos paz-e-amor.
Nota-se que a cultura skinhead NADA tinha a ver com racismo, pelo contrário, eram garotos amantes da música negra e que só apareceram graças à essa música e à cultura mod... ISSO é a cultura skinhead ORIGINAL, tudo o que surgiu depois disso é plágio, e plágio mal feito! Enquanto isso, na Jamaica a música se modificava rapidamente e o ska já não tinha a mesma batida...
A nova batida que surgia foi chamada de rocksteady e logo deu origem ao ritmo que fez a fama da ilha: O reggae - que teve seus anos de ouro na década de 60 até o começo da década de 70, com MILHARES de discos produzidos e surgimento de novos selos, não só na jamaica como também na Inglaterra. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o reggae não tinha nada a ver com o rastafarianismo no começo, as letras falavam basicamente do cotidiano dos artistas, citações a filmes, famosos da época, mas principalmente eram temas de amor... A musicalidade bastante característica, com teclados e riffs de baixo dando o compasso do som mostrava claramente que o novo ritmo era uma evolução do ska.
Uma moda desde os bairros mais pobres até os mais fartos que se espalhou pela Inglaterra e trazia com ela o amor pela música negra, principalmente jamaicana. Com o passar do tempo a cultura skinhead foi "evoluindo" e a partir dos anos 70 foram surgindo novos "tipos" de skinhead, o suedehead, o smoothie e aos poucos a moda skinhead foi passando na Inglaterra. O reggae também não era mais o mesmo. "

Texto por .
Você encontra o texto completo aqui.




Fazendo uma análise do visual, todo mundo sabe logo de cara que os garotos são caracterizados primeiramente pelas cabeças raspadas, o que o nome da subcultura já diz. Apesar de algumas meninas skinheads usarem a cabeça toda raspada, na maioria adotam o Chelsea cut, raspando o topo da cabeça e deixando a franja , as mechas da frente e as mechas da nuca.

skinhead attitude
Chelsea

Os coturnos Dr. Martens que hoje estão nos pés de fashionistas, foram popularizados por eles também.



As saias de cintura alta e justas são outro elemento comum na moda atual e também da subcultura, assim como as camisas polo Fred Perry, suspensórios, suéteres, a estampa xadrez, a lavagem de jeans acid wash, cintas, ternos equipados, pulôveres, blusas sem mangas, jaquetas Harrington e também as calças skinny para homens e mulheres. É importante perceber tais influências, que muitas vezes passam despercebidas para a maioria de nós.




skinhead inna spin 1960s style

Skinhead

Um filme que aborda muito bem a cultura como ela é o velho conhecido This is England

É a história de um garoto problemático crescendo na Inglaterra, na década de 80. Um dia voltando da escola após uma briga (que eram comuns, o tadinho era muito zoado), conhece a galera skinhead e começa a se envolver com eles, tornando assim praticamente a sua família. Contudo, algumas pessoas começam a demonstrar ideais racistas dentro do grupo, o que só trás problema pra todo mundo. O filme é baseado na vida do diretor Shane Meadows.








Bem galera, é isso, espero que esse post possa tirar dúvidas de muita gente e até mesmo diminuir o preconceito contra essas pessoas e também desvincular muitas coisas que se diz a respeito deles. Posso ter sido vaga, porque se eu fosse falar de todos os tipos dentro da subcultura esse post ia ficar gigante. Quem se interessar, aconselho a acessar o You & Me on a Jamboree, pois tem MUITO material foda lá.

domingo, 22 de maio de 2011

Western


Visitando o style.com me deparei com esse post, a respeito da introdução (mais uma vez) do western na moda. Nas passarelas, nas coleções de Ralph Lauren, Roberto Cavalli, Emilio Pucci e até da Topshop, vimos tais referências frequentemente esse ano.
O western, para quem desconhece, é a temática do velho oeste americano, que inclui as histórias de cowboys, pioneiros, ameríndios e garimpeiros. As coleções trazem inúmeras referências dos filmes de faroeste.


Vogue China

Trazendo pro mundo da música e do rock, a gente encontra muita coisa do estilo no rockabilly e no country em geral:



A cantora de rockabilly Kim Lenz é uma das adeptas.





A linda e querida Janis Martin é inspiração pra muita gente, "the female Elvis", foi uma cantora americana de rockabilly e música country.

Quando se fala de western podemos logo pensar nas botas, camisas, cintos de fivela grande, o quadriculado, chapéus de aba larga, casacos longos de lã,gravatas (bolo tie), franjas, coletes, ponchos e calças jeans de tom escuro.





as famosas botas





camisa com e sem a gravata (bolo tie)

E alguns sets do polyvore bem legais que foram criados pela Howdysister








Um editorial muito lindo com a Jessica Stam pra revista W, por Craig McDean








Pra finalizar, um som da banda curitibana Hillbilly Rawhide pra entrar no clima



Isso aí gente, espero que vocês gostem e aproveitem que muitas coisas legais no estilo estão surgindo nas lojas pra encher o guarda-roupa de peças bonitas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tutorial de maquiagem rápida



Boa noite queridos!
Bem, é com muita vergonha na cara que eu posto esse vídeo com um tutorial de maquiagem básico e rápido feito por mim. Costumo usar esse tipo de maquiagem no dia-a-dia. Se alguém tiver alguma dúvida, tiver achado uma bosta, achar que eu não sei de nada, ou elogiar, é só mandar no twitter






Lista de produtos utilizados

Corretivo: Tracta
Pó compacto: MAC studio fix (cor NC40)
Sombras: paleta de 88 cores Coastal Scents
Delineador: Vult
Rímel incolor: Vult
Rímel preto: Maybelline Colossal
Lip balm: Carolina Herrera
Batom: MAC (cor: russian red)

Trilha sonora:
The Meteors - Surf City
The Pharaohs - Cleopatra
Torment - Time To Think

É isso ai, sei que pode tá meio palha e tudo mais, mas me esforcei.

PS: como promessa é dívida, vou fazer o tutorial de como se maquiar no ônibus hahaha.
PS2: errei, em vez de falar pálpebra móvel disse côncavo (na hora de passar a primeira sombra azul em tom claro) haha, foi mal gente.

As três fúrias









Um pouco de psychobilly, rockabilly e punk feito por gurias.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Silvana


Essa noite é de uma das artistas brasileiras que eu mais gosto, a Silvana Mello. A Silvana foi punk, anda de skate, teve banda, é mãe, e uma forte influência pra mim. Lembro que a primeira vez que vi uma de suas obras foi na Capricho (isso mesmo, a revista idiota) e eu era bem novinha, mas aquele desenho me chamou tanta atenção que recortei e guardei na minha caixinha de recortes legais. Depois de um tempo achei o fotolog dela e foi aí que a paixão começou, porque tinha um acervo bem grande e eu pude entender bem mais da sua visão artística.


Abrindo a percepção para ver além das aparências. Por Silvana Mello.

A Silvana costuma usar imagens familiares, carismáticas e nostálgicas para mostrar as contradições do espírito humano. Ela transita pela pintura, instalação, bordado, colagem e videoanimação, com referências diversas como Arte Pop, Skate Culture, imaginário feminino, a infância, entre outras coisas que podemos ver quando lidamos com a sua arte. Delicada na forma e agressiva no conteúdo.



"Uma vez fiz um curso de desenho em uma escola, e lá me disseram que minha maneira de desenhar estava completamente errada. Eles queriam uma padronização. Continuo fazendo 'errado'".
É assim que Silvana Mello, desenhista profissional há oito anos, define o seu trabalho.






Durante sua carreira, Silvana já trabalhou com moda, tatuagem e música. Fez parte da banda feminista Lava (download dos discos aqui), que existiu entre 1996 e 2006.


Lava


A inspiração além das citadas acima, vem livros, fotografias de família e revistas antigas, que utiliza para encontrar alguma imagem que, segundo ela, transmita o que quer dizer. "Então eu desenho ou separo e monto com outras imagens, como uma colagem e, a partir daí, desenho e pinto". Podemos ver com maior frequência em suas obras desenhos de crianças, animais, natureza, aviões de guerra, instrumentos musicais e caveiras.




Uma coisa que eu particularmente amo no trabalho dela é a união nas obras do desenho com frases de cunho feminista, que contrastam muitas vezes com as figuras clássicas utilizadas, como aquelas que parecem ter saído de uma propaganda dos anos 50 retratando a família perfeita.

A Silvana é exemplo, sem sombra de dúvidas.

Para quem quiser conhecer mais, pode conferir o fotolog e uma entrevista bem legal.