Depois de um longo período sem escrever sobre moda, resolvo voltar a dar as caras por um motivo, o brilhante desfile do Jeremy Scott na temporada do outono-inverno 2013. Como vocês sabem e eu já falei por aqui, uma exposição no MET (The Metropolitan Museum of Art) de NYC sobre a cultura punk trouxe mais uma vez as passarelas o tema. A principal influência de Jeremy para esta coleção foram os cartazes e universo dos skatistas, mas eu vi vários elementos referentes a diferentes subculturas.
Para mim o ponto alto desta coleção foram as estampas. Parecem ter saído da Iron Fist, não? Acho que ele atingiu com precisão o seu tema de inspiração nessas peças. A cartela de cores é muito boa também, o contraste que as estampas possuem são magníficos. Eu usaria tudo!
A outra parte que gostei bastante foram as estampas de frases, algo ligado diretamente a cultura punk também!
Vocês podem conferir a coleção inteira aqui, essas foram as minhas peças prediletas, mas tem muita coisa legal lá também.
Como eu não tive uma festa de formatura legal quando acabei o ensino médio e provavelmente não terei uma legal quando acabar a faculdade (na verdade nem vou ter), fiz o meu setlist dos sonhos para essa festa. Espero que vocês também sintam vontade de dançar.
Meu maior ídolo é a Kathleen Hanna. Minha adolescência foi marcada pelas músicas do Bikini Kill, Le Tigre e Julie Ruin e pelo fato de eu sempre ter sido um pouco rebelde e inconformada ( não só com tudo de errado que existe ao nosso redor mas também com a minha própria vida), então era de se imaginar que ao descobrir o movimento riot grrrl aos 14 anos de idade tudo iria se encaixar perfeitamente e eu iria descobrir que existiam uma porrada de garotas e garotos com a mesma raiva que eu tinha.
Julie Ruin foi o projeto que a Kathleen Hanna criou quando o Bikini Kill acabou. A sonoridade já mostrava que ela estava fazendo uma coisa totalmente diferente, saindo do hardcore do bikini kill e entrando no eletro do Le Tigre. Isso tudo aconteceu em 1997 e o único disco do Julie Ruin foi gravado no apartamento de Kathleen.
Como uma boa fanática eu amo todas as músicas, mas claro, existem as minhas preferidas:
Stay Monkey é uma fofura só, música pra quem tá apaixonadinho.
Já "I wanna know what love is" faz uma sátira com o nome da música da Mariah Carey e é mais politizada, sendo na verdade uma crítica profunda a violência policial, contra a mulher e o preconceito.
Todo mundo já foi tratado como lixo quando era apaixonado por alguém idiota, né? Essa música é um belo foda-se aos tontos que fazem isso!
Enfim, escutem o cd todo, ele é muito bom. Dá pra baixar aqui.
A Glória Coelho é uma das estilistas brasileiras que eu mais admiro, principalmente por ter uma estética bem concisa e que passa por temporadas e tendências sem perder sua cara. A coleção outono-inverno 2013 que acabou de passar pelo SPFW não foge da regra, com um trabalho forte nas formas geométricas e cores sóbrias. A coleção me lembrou bastante o trabalho do Mondrian no De Stijl (ou neoplasticismo como é chamado no Brasil).
Algumas tendências da estação se mostraram presentes, como as proporções extra large, as transparências e utilização de "paisagens" na estamparia.
Para quem quiser conferir o desfile completo, tem aqui.
Esta é uma discussão velha. Porém, esses tempos resolvi pesquisar e percebi que as informações eram bastante vagas ou então os sites legais estavam fora do ar, por isso resolvi voltar a falar sobre o assunto. Nem todo mundo sabe, mas topetes rockabilly e psychobilly tem várias diferenças. Esse post procura mostrar quais são essas diferenças e o modo de fazer os dois penteados.
Um topete rockabilly é assim. Ele é bem redondo. Algumas pessoas usam ele pequenos e outras gigantes, isso depende muito do seu estilo.
Um topete psychobilly é assim. Ele é geralmente pontudo e tem uma diferença clara de altura do começo ao final.
Existem vários vídeos na internet ensinando como se fazer um topete. Mas como muitas pessoas não tem paciência de ver ou nunca conseguem fazer apenas observando, tentem fazer da maneira que vou ensinar.
Em primeiro lugar tenham essas ligas fininhas de fazer penteados:
Pomada modelada também ajuda . Nem sempre é preciso, mas depois que usei vi que faz uma diferença gigante. Uso essa, é produção brasileira:
Laquê, mousse e grampos. Ai você escolhe a marca, o tipo... eu só uso laquê de farmácia, aqueles karina 24 horas ou qualquer um que esteja disponível. Nunca usei um bom de verdade.
Para um topete rockabilly, você deve pentear o cabelo para cima após passar mousse e/ou a pomada e então você dividi o cabelo em mechas e desfia com um pente (isso quer dizer, penteie os fios de cima para baixo criando um volume com os próprios fios). Depois disso, você prende com uma liga e dobra o cabelo empurrando para a frente, arrumando para ficar bem bonito. Após conseguir deixar tudo arrumadinho, prenda com grampos e passe o laquê. Sem pena, muito laquê ou então o primeiro vento derruba seu cabelo.
Esta não sou eu (óbvio). Peguei essas fotos na internet a muito tempo e são um passo a passo perfeito, dessa maneira é bem fácil de entender e fazer.
Para um topete psycho siga a instruções da foto, mas use muito, muito mais cabelo e também desfie muito mais com o pente, principalmente nas laterais. Ponha mousse e penteie com os dedos, para baixo. Então você começa a modelar o topete como a moça das fotos faz. Para conseguir o formato exato do quiff, eu uso um pente e muito lâque. Funciona assim: Passe o lâque e vá penteando o topete já preso com cuidado em direção ao topo, mas mantenha uma das mãos em cima do topete para que ele fique reto e sem fios soltos no topo. Não é tão fácil assim e requer treino e se você tem um cabelo seco e ondulado na frente como é o meu, certamente irá se irritar bastante porque o lâque faz o frizz se intensificar haha.
Se o seu cabelo for curto ou você tiver franja, faça como o cara do vídeo.
Neste vídeo abaixo, apesar de ser meio mongol haha, mostra como é simples fazer. Mas leve em consideração que o cabelo da garota é uma palha, porque ela mal desfia e ele já fica em pé. Você precisa desfiar muito mais se o seu cabelo for normal.
Qualquer dúvida, sintam-se a vontade de perguntar. Não sou nenhuma expert em penteados, pelo contrário, faço muito zoado e sempre tento melhorar.
A Moschino desfilou esta manhã uma coleção encantadora totalmente inspirada nos anos 60. Do capacete das vespas aos florais, linhas geométricas e cores sólidas, esta é sem dúvida uma das minhas coleções prediletas dos últimos tempos.
Eu quero essa saia ♥
A Moschino também investe para a primavera 2013 no floral característico dos anos 60. A Prada também fez o mesmo em seu último desfile, então certamente veremos muitas coisas do tipo nos próximos meses.
Azulejinho lindo ♥
Eu tenho um fascínio gigante por roupas que tenham plástico ou pelo menos imitem a textura de um. Não sei exatamente qual o material destas roupas, mas acho que a combinação ficou incrível e eu queria muito poder usar algo assim haha.
E esses bolsinhos?
Lembra do desfile da Calvin Klein? A Moschino também aposta em formas geometrizadas vazadas para sua transparência (que aliás, é algo que não saiu mais da moda né?).
Foi muito difícil não por todas as fotos da coleção, porque eu amei absolutamente tudo. Quem quiser conferir a coleção completa, fotos aqui.
Fotos do último desfile da Calvin Klein. Geralmente não acho nada dessa marca mas nessa coleção adorei os modelos que possuem formas geométricas vazadas. Outra coisa bem legal é a referência a op art nas peças.
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